Leitura crítica e criativa: testes de procedimentos de treino e generalização: um estudo com escolares de 5ª série

Autor: HUSSEIN, Carmen Lúcia

Nível: Tese ( Doutorado ) Ano: 1982 Orientador: Geraldina Porto Witter

Foco Temático: Desempenho/Compreensão de Leitura

Instituição: Instituto de Psicologia, USP Cidade/Estado: São Paulo/SP

Descrição: Um dos motivos deste trabalho foi testar procedimentos para a produção de leitura crítica e leitura criativa e a generalização do treino para outros comportamentos. Outro objetivo foi testar a eficiência de três seqüências de treino: leitura criativa (B) para leitura crítica (C); leitura crítica (C) para leitura criativa (B) e a permanência em reprodução de textos (DD) para o desenvolvimento de criticidade e criatividade textual e a generalização do treino para outros comportamentos. Também foi estudada a variável sexo em relação a estes objetivos. Foram usados três grupos experimentais com 14 sujeitos cada um, metade de cada sexo. Os sujeitos foram testados em três etapas: pré, pós-1 e pós-2 em redação, compreensão, criatividade e criticidade textual, exceto a motivação que foi aplicada apenas no pré e pós-2. Foram dadas 12 horas-aula de treino para cada grupo. Os treinos oferecidos ao G.E.I. e ao G.E.II consistiram de uma aplicação do modelo de análise funcional do comportamento verbal, em que questões formuladas pela professora consistiram em estímulos discriminativos para a resposta do aluno-leitor e estímulos reforçadores foram liberados pelos colegas e professora de classe. O treino para o G.E.III consistiu na reprodução de texto pelos alunos e docente. Além do treino, o G.E.I. passou pela seqüência BC, o G.E.II pela CB e o G.E.III pela DD. Os resultados mostraram que o treino de criticidade e criatividade conduziram a um melhor desempenho do que o grupo de reprodução. Uma outra conclusão é que a seqüência de treino primeiro em leitura crítica e depois em leitura criativa parece ter sido mais efetiva do que as demais. Além disso, todas as modalidades de treino e seqüências conduziram a um melhor desempenho para a escrita e compreensão. A variável sexo parece não ter sido relevante para as modalidades de treino e seqüências. Os dados foram discutidos à luz do modelo de análise funcional do comportamento verbal e das pesquisas feitas nas áreas.

Fonte: Tese