Rede de Papéis - Contribuições Telemáticas à Formação do Leitor Crítico

Autor: OLIVEIRA, Lucila Maria Pesce de

Nível: Dissertação ( Mestrado ) Ano: 1999 Orientador: Maria Cândida Borges de Moraes

Foco Temático: Análise do Ensino de Leitura e Proposta Didática

Instituição: PUC-SP Cidade/Estado: São Paulo/SP

Descrição: O presente trabalho objetiva investigar sobre as contribuições do instrumental telemático, em especial, a potencialidade do correio eletrônico, à formação do leitor crítico. A tese defendida é que a linguagem, como mediadora capital ao desenvolvimento do Ser, pode ser otimizado mediante o uso da telemática, capaz de facilitar a interação dialógica, fundamental à formação do leitor crítico. A fundamentação teórica, no tocante à noção de conhecimento, parte da imagem clássica à visão educacional eco-sistêmica, pautada na teoria de inteligência coletiva e na leitura autopoética da cognição. Para uma melhor contextualização do uso pedagógico das novas tecnologias utilizou-se a abordagem construcionista contextualizada, como fundamento ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva, num enfoque emancipatório e solidário. Na análise dos conceitos lingüisticos envolvidos na pesquisa, utilizou-se a perspectiva lingüística sócio-interacionista (tônica teórica deste estudo), a qual anuncia o duplo papel da linguagem enquanto reprodutora e reconstrutora de mundo. À luz desta tríade teórica tentou-se desvelar a prática, a partir da observação do Projeto Contos: projeto colaborativo construído na troca de contos elaborados por alunos de várias escolas. O correio eletrônico foi o instrumento telemático utilizado para viabilizar a troca dessas produções escritas, permitindo a cada aluno situar-se como escritor de um conto e leitor crítico de outro, destacando a fruição e a criatividade, tão imbricadas à formação do leitor crítico. A partir da análise dos dados da pesquisa conclui-se que a telemática, usando o correio eletrônico em projetos colaborativos, vem a ser uma ferramenta válida à formação do leitor crítico, posta a relevância auferida à interação dialógica, à reflexibilidade e à auto-organização. De que modo?. Trabalhando com a fruição, ampliando a perspectiva de alteridade e otimizando a troca ( tão necessária ao desenvolvimento lingüístico), graças à rapidez e agilidade oferecidas por essa nova ferramenta.

Fonte: PUC-SP