A Leitura Crítica no Ensino de Inglês como Língua Estrangeira

Autor: VASCONCELOS, Erika França de Souza

Nível: Dissertação ( Mestrado ) Ano: 1999 Orientador: Maria Izabel Santos Magalhães

Foco Temático: Análise do Ensino de Leitura e Proposta Didática

Instituição: Departamento de Lingüística, UnB Cidade/Estado: Brasília/DF

Descrição: Esta dissertação - A leitura crítica no ensino de inglês como língua estrangeira - é dedicada à pesquisa da prática social de ensino de leitura em uma escola de inglês como língua estrangeira. Investigamos a interação entre professores(as) e estudantes de nível avançado no contexto da sala de aula, enfocando os conhecimentos, relações e identidades sociais construídos nos eventos discursivos de leitura. A pesquisa de campo foi orientada pela matriz metodológica da pesquisa etnográfica (Sanjek, 1990; Gilchrist, 1992), de natureza colaborativa (Hamilton, Ivanic & Barton, 1991; Ivanic, 1994), fortalecedora (Cameron et al., 1992; Magalhães e Gieve, 1998) e crítica (Thomas, 1993; Chouliaraki, 1994). Os dados - notas de campo, textos e exercícios didáticos, transcrições de entrevistas - foram analisados com base nas teorias da Análise de Discurso Crítica (Fairclough, 1989, 1992, 1995) e da Consciência Lingüística Crítica (Clark et al., 1987), nas categorias de leitura crítica (Wallace, 1992, 1995; Clark, 1995) e nos modelos de Letramento (Street, 1984, 1995, 1997). Os resultados indicam que, na escola investigada, predomina a abordagem autônoma de ensino de inglês, que se estende ao ensino de leitura, pautado pelo modelo de decodificação das unidades lingüísticas dos textos. A intensidade com que os elementos da prática tradicional de ensino foram encontrados no contexto investigado variou significativamente entre as turmas, em proporção direta à experiência e formação dos professores. Em uma das turmas, na maior parte do semestre letivo, predominou o modelo de decodificação no ensino de leitura. Na outra turma, a prática de ensino de leitura adotada pela experiente professora seguiu uma linha crítica, colaborativa e fortalecedora, levando à constituição dos(as) estudantes como leitores(as) e participantes ativos(as) da construção dos sentidos dos textos. A leitura crítica provou ser tanto uma prática que fortalece os(as) estudantes leitores(as) como um recurso pedagógico útil, dinâmico e abrangente.

Fonte: UNB